PROJETO OUVIDOCHÃO
Uma cartografia social de paisagens sonoras da ancestralidade, entre corpos, lugares e territórios negros. Esta é a principal das trilhas que vêm sendo percorridas pelo projeto OuvidoChão. Trazendo como princípio a relação com o chão, com a terra e seus modos de vida, nossa proposta tem aprofundado uma poética de agricultura dos sons para o mapeamento e elaboração de audionarrativas que ressaltem a presença negra e suas formas de produção espacial por meio da herança ancestral africana na diáspora.
Semeamos e colhemos sonoridades em seus vínculos com a terra, observadas nas perspectivas material e imaterial, em diálogos com conceitos da Geografia – Espaço, Lugar, Território – no processo de construção das cartografias sonoras. Para isso, em nossa trajetória temos trabalhado algumas linguagens artísticas como caminhos para um aprofundamento teórico e prático sobre a dimensão sonora do espaço atrelada aos modos de ser e construir identidades negras no contexto brasileiro.
A seguir, apresentamos os formatos até então desenvolvidos no projeto OuvidoChão, com algumas amostras dos conteúdos. Para conhecer o projeto por completo, clique no botão abaixo:
Documentário Audiovisual
OUVIDOCHÃO – IDENTIDADES QUILOMBOLAS
Ep. 1: Quilombo Fidélix (Direção: Gabriel Muniz, 2019, 15’)
SINOPSE: Buscando retratar paisagens sonoras em territórios quilombolas, este documentário em progresso aborda a memória e a construção de identidades quilombolas a partir de dois personagens, moradores do Quilombo Fidélix (Porto Alegre-RS). Seu Tilmo é pedreiro com larga experiência e que construiu boa parte das casas do quilombo. Mestre Jaburu é mestre de Capoeira e realiza um trabalho de difusão da cultura ancestral no território. Ambos falam de suas acolhidas no quilombo, suas lembranças na relação com o território e com as sonoridades quilombolas.
OUVIDOCHÃO – IDENTIDADES QUILOMBOLAS
Ep. 2: Quilombo Flores (Direção: Gabriel Muniz, 2021, 21’)
SINOPSE: Buscando representar paisagens sonoras de territórios negros, OuvidoChão é um documentário em progresso que aborda a memória e a construção de identidades quilombolas. Neste segundo episódio, acompanhamos o Quilombo Família Flores a partir de lembranças das vivências dos irmãos Nara, João da Costa, Gerson e Geneci, destacando seus processos de autoreconhecimento na relação com o território e de fortalecimento da luta coletiva do quilombo junto a outros parceiros e outras comunidades.
Instalação de Arte Sonora
Uma das vinhetas criadas para a instalação
Playlist com audionarrativas da instalação
O Ambiente Sonoro-Gráfico de OuvidoChão – Cartas Quilombolas foi uma construção feita a várias mãos, cabeças e corações. Além dos artistas residentes Gabriel Muniz e Irla Franco, a instalação contou com o auxílio luxuoso de vários artistas colaboradores: A participação direta da fotógrafa Marina Alves e do artista sonoro Negalê Jones e seu dispositivo de plantas sonoras; e as participações especiais des músices Elias Rosa e Thais Vilela, além des entrevistades Luiz Paulo (Camorim), Gracy Moreira e Antônio Rodrigues (Valongo) e o Babá Paulo de Ogum (Quilombá).
Acervo Afrossonoro: Quilombo Flores
Mapa Sonoro do Quilombo Flores - Integrante do site OuvidoChão - Acervo Afrossonoro: Quilombo Flores
OuvidoChão - Acervo Afrossonoro: Quilombo Flores é um projeto dedicado à criação e preservação de narrativas sonoras da memória oral, da ancestralidade e da luta contracolonial de comunidades tradicionais a partir da noção de Paisagens Sonoras Afrodiaspóricas, com foco no Quilombo da Família Flores (Porto Alegre/RS). Em dezembro de 2024 foi feito o lançamento do site, que conta com o material resultante da relação que o artista Gabriel Muniz vem desenvolvendo junto à comunidade desde 2028, somado ao período de residência artística - agosto e setembro de 2024 -, quando houve um laborátório de cartografias sonoras. Acesse o site AQUI.